sábado, 10 de outubro de 2009

Luso bateu o seu recorde de mergulho



O robô submarino Luso fez o seu mergulho mais fundo até agora: ultrapassou os três mil metros, no flanco sul da bacia Hirondelle, entre as ilhas Terceira e São Miguel, na madrugada de quinta para sexta-feira.
O recorde foi atingido ao 45º mergulho do ROV (comprado por Portugal em Fevereiro do ano passado a uma empresa norueguesa, por cerca de três milhões de euros). A estreia deu-se a 8 de Outubro do ano passado e a contagem vai agora em 46 mergulhos (no último, na sexta-feira, no Banco D. João de Castro, também entre as ilhas Terceira e São Miguel, desceu até cerca de 800 metros.
Três mil metros é metade da profundidade que o ROV consegue descer. Poucos países têm veículos submarinos que mergulham a 6000 metros, o que lhes permite visitar 97 por cento do fundo oceânico.
O que procuravam os cientistas, principalmente geólogos, no fundo de Hirondelle? Procuravam ter uma ideia mais clara de como foi construída a plataforma vulcânica em cima da qual assenta o arquipélago dos Açores. Os basaltos, resultantes de uma erupção, que o ROV apanhou lá em baixo podem ajudar a completar o quebra-cabeças da construção dos Açores.
Na foto, a geóloga Ágata Dias, da Faculdade de Ciências de Lisboa, corta a bordo do navio as rochas trazidas de Hirondelle. Assim pôde ver exactamente o que tinha em mãos, além de adiantar trabalho para análises posteriores.

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