quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Orçamento do Estado contempla programa para o mar

Para o Ministério da Ciência, o Orçamento do Estado de 2010 traz uma novidade relativa à investigação do mar: está de regresso o Programa Dinamizador para as Ciências e Tecnologias do Mar, anunciado pela primeira vez em 1998, pelo então, como agora, ministro da Ciência Mariano Gago. Entre 2000 e 2004, este programa financiou 29 projectos, no valor de nove milhões de euros.
Desta vez, anuncia-se que o programa será mais virado para a investigação do mar profundo e as áreas de maior impacto económico e oportunidade científica, como a biotecnologia, os recursos vivos, a orla costeira, a geologia, a energia e o clima.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Lançado o embrião de uma organização europeia de vigilância marítima

Notícia públicada no "site" do "Público" sobre projecto europeu de vigilância do mar:

Foi lançado no dia 15 deste mês, em Paris, o que pode vir a ser o embrião de uma organização de vigilância marítima na União Europeia. Trata-se do projecto BluemassMed, cujo objectivo é a cooperação e a partilha de informação entre os Estados costeiros do Mediterrâneo e dos seus vizinhos do Atlântico. Portugal faz parte do projecto, tal como França, Itália, Espanha, Grécia e Malta.
Co-financiado pela Comissão Europeia com 3,6 milhões de euros, entrando depois cada país com um montante à volta de 250 mil euros, a ideia é desenvolver uma base de dados que permita a partilha de informação, entre diversos países, relacionada com a vigilância marítima.
“Em cada país que faz parte do projecto já existem sistema de vigilância marítima. Este projecto pretende criar um sistema que integre todos os sistemas”, explica Manuel Pinto de Abreu, o responsável pela Estrutura de Missão os Assuntos do Mar, que coordena a participação portuguesa no BluemassMed.
Além de melhorar a partilha dos dados já coligidos, o projecto apresentará soluções tecnológicas para compatibilizar os diversos sistemas de base informática e fará ainda o levantamento do quadro legislativo relativo à troca de informação, para que possa ser legal.
Exemplos dos dados que podem contar num sistema europeu de vigilância do mar? Pinto de Abreu lembra que acidentes como o do petroleiro “Prestige”, em 2002, ao largo da costa da Galiza, provocando uma catástrofe ecológica, podem passar a ser acompanhados a par e passo. “Todos os países passariam a ter a mesma informação relativa ao ‘Prestige’ e ter conhecimento da sua situação”, diz Pinto de Abreu. Outro tipo de dados que podem ser partilhados inclui a natureza das cargas transportadas, o tráfego de mercadorias, a imigração ilegal ou as pescas.
Neste momento, não existe uma organização europeia de vigilância marítima, pelo que este projecto-piloto poderá vir a lançar os alicerces dessa instituição, acrescenta o responsável português.
Coordenado pela França, o projecto conta ainda do lado português a participação de diversas entidades, como a Marinha, a Força Aérea, a Guarda Nacional Republicana, a Polícia Judiciária, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o Sistema de Segurança Interna, o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos ou a Direcção-Geral das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Uma casa nova para o DOP



O Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores, na cidade da Horta, Faial, tem uma casa nova (na imagem).
Agora no antigo hospital Walter Bensaúde, as novas instalações do DOP foram inauguradas a 8 de Janeiro e envolveram um investimento de 6,2 milhões de euros. Vão albergar cerca de uma centena de pessoas, incluindo 28 doutorandos, a trabalhar em vários projectos de investigação do mar.
“É um salto qualitativo muito importante, temos uma grande expectativa”, declarou o director do DOP, o etólogo marinho Ricardo Serrão Santos, citado pela agência Lusa, acrescentando que esta mudança permitirá uma aposta maior no ensino e na pós-graduação. “Há mais de 20 anos que estamos a trabalhar em instalações provisórias, com laboratórios que funcionam em pré-fabricados.”
Na inauguração, o ministro da Ciência, José Mariano Gago, aproveitou para anunciar o lançamento de um projecto nacional de ciências do mar profundo, especialmente vocacionado para a investigação dos recursos biológicos e minerais.
“O potencial das profundezas é tal que justifica um programa específico desta natureza”, disse Mariano Gago, citado também pela Lusa. Para o ministro, este programa será um primeiro passo para que o país aproveite os recursos biológicos e minerais que estão escondidos nas profundezas do Atlântico.
Pormenores sobre o programa não foram, no entanto, ainda adiantados. Que dinheiro terá? Por quanto tempo? Ou quando começa?